Cage promove evento virtual com a Controladoria do Distrito Federal para conhecer sua estrutura e processos adotados na execução do Controle Interno

A Cage executou mais uma etapa da segunda fase do seu Projeto de Reestruturação, com a realização de evento virtual, em 26 de agosto, para intercâmbio de conhecimento com a Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), representada por integrantes da sua equipe diretiva e coordenadores de áreas especializadas. Tendo por objetivo oportunizar o conhecimento acerca da estrutura, principais projetos, e dos processos de controle e de auditoria desse destacado Órgão central de controle interno, o encontro contou com a participação de mais de 90 servidores da Cage. 

Na abertura do evento, o contador e auditor-geral, Rogerio Meira, apresentou um retrospecto da primeira fase do Projeto de Reestruturação da Cage, para elaboração de diagnóstico, que encerrou na segunda quinzena de agosto, com a consolidação dos problemas prioritários apontados pelos servidores na pesquisa interna. Nesse contexto de construção coletiva, o encontro com a CGDF, avaliou Meira, cumpriu com o objetivo de promover networking e propiciar insights, visando à terceira fase do Projeto, que consistirá na análise e proposição de soluções. 

 

A escolha da CGDF como parceira da Cage foi determinada, ressaltou Meira, "pelo excelente modelo de controle interno" e, especialmente, pelo projeto de reestruturação do Órgão, que redesenhou o seu organograma por áreas especializadas, que produziram resultados de excelência no contexto da gestão de riscos e na efetividade das políticas públicas. Além da atitude de vanguarda da CGDF que lançou, neste ano, o seu programa de integridade. 

 

"Nos sentimos lisonjeados de estarmos na lista tríplice de vocês (Cage) para esse benchmark", disse o controlador-geral adjunto da CGDF, Breno Rocha Pires e Albuquerque, reforçando a disposição do Órgão em auxiliar a Cage, por meio da troca de conhecimento para melhoria do sistema de controle interno. Breno apresentou o cenário do Órgão, constituído por subcontroladorias que desempenham as seguintes macrofunções: de controle interno (auditoria), de correição, de transparência e controle social, de ouvidoria, e recentemente, de governança e compliance. 

 

No primeiro painel, Gustavo Rodrigues Lírio, subcontrolador de Controle Interno, apresentou uma visão geral da estrutura responsável pela macrofunção de controle interno composta, na CGDF, por oito coordenações que executam atividades de auditoria interna, de modo especializado, nas seguintes áreas temáticas: sendo quatros delas especializadas em (1) riscos e integridade, (2) desempenho governamental, (3) contas anuais, (4) transferências e parcerias, (5) licitações e contratos, (6) pessoal e tomada de contas especial, (7) supervisão de unidades de controle interno, e (8) de monitoramento do resultado dos apontamentos de auditoria. 

 

A CGDF foi a primeira controladoria do país certificada no nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (Internal Audit Capability Model – IA-CM), em 2017. Atualmente, o Órgão trabalha para obter a certificação no nível 3, implementando-o, conforme previsto em seu Planejamento Estratégico, até 2023, destacou Gustavo. 
Além desse projeto principal, o Órgão trabalha para adoção do Sistema de Controle Integrado, baseado no modelo de 3 linhas do Instituto dos Auditores Internos do Brasil – IIA, que está na fase inicial, bem como para a ampla operação do Sistema de Gestão de Auditoria, o SaeWeb, em funcionamento há mais de dez anos, sendo atualizado continuamente. 

 

Robson Lopes da Gama Júnior, coordenador de Auditoria de Riscos e Integridade, compartilhou, no segundo painel, experiências e desafios da área de Gestão de Riscos, subdividida em consultoria, acompanhamento e auditoria.

 

Um dos diferenciais do Órgão é a prestação de apoio consultivo aos órgãos e entidades do Poder Executivo do Distrito Federal, tanto para adesão às boas práticas gerenciais em suas atividades de gestão de riscos e de controle interno, quanto para o desenvolvimento de seus planos de integridade. Auditorias são realizadas a posteriori com o objetivo de avaliar o processo de implementação, por parte da Administração Estadual. O trabalho realizado pelas consultorias também é avaliado pelos órgãos e entidades, por meio de questionário. 

 

Aproximadamente 90% dos consulentes apontaram percepção de melhoria sobre a organização em que atuam, no transcorrer do processo de implementação da gestão de riscos e/ou do programa de integridade, ressaltou Robson. 

 

No terceiro painel, Raquel Carvalho Alves, da Coordenação de Auditorias em Transferências e Parcerias, fez uma breve contextualização histórica da atuação da CGDF nas auditorias em permissões, concessões comuns e parcerias público-privadas, analisadas em três etapas, com destaque para a análise pré-edital, na avaliação de projetos de concessão, incorporada à rotina da auditagem, em 2015. A abordagem incluiu também a apresentação do fluxo de trabalho na avaliação de projetos de concessão que, segundo Raquel, difere do fluxo padrão de auditorias, considerando a existência de etapa específica de auditoria prévia. 

 

O painel conduzido pelo coordenador de Auditoria de Monitoramento, Ricardo Augusto Ramos, explorou o monitoramento de recomendações, que corresponde, no ciclo da CGDF, à última etapa do processo de auditoria. Ricardo enfatizou a proposta para mudança no fluxo do monitoramento, prevendo um tempo maior, de até 24 meses, para completar o ciclo, iniciado pelo envio do relatório de auditoria à unidade, com solicitação de manifestação, passando pela emissão do relatório de monitoramento à unidade e ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, finalizando com o abastecimento de informações no Programa Operacional de Ações de Controle. 

 

No 1º semestre de 2021, o percentual de atendimento às recomendações de conformidade chegou a 32,24%; dado que, segundo Ricardo, evidencia uma melhora na resposta aos apontamentos de auditoria. "Está sendo criando uma cultura das unidades informarem ao controle interno os resultados daquilo que foi proposto nos Relatórios de Auditoria", frisou. 

 

Foram apresentadas, na etapa final do evento, a síntese da consolidação e certificação de contas anuais e da elaboração de relatórios para compor a Prestação de Contas Anual do Governador, respectivamente, pelo coordenador de Auditoria de Contas Anuais, João Batista de Souza Machado e pela coordenadora de Auditoria de Desempenho Governamental, Rafaela Araujo Ratton. 

 

O ciclo de exposições encerrou com a abordagem do coordenador de Unidades de Controle Interno, Hamilton Ruggieri Ribeiro. A equipe da CGDF disponibilizou canal aberto de contato para os servidores interessados em aprofundar-se nessas pautas e em todos os temas contemplados no evento. 

 

O encontro com a Secretaria de Controle e Transparência do Estado do Espírito Santo (Secont/ES), marcado para 15 de setembro, fecha esta primeira rodada de eventos para intercâmbio de conhecimento, conforme cronograma de ações previstas no Projeto de Reestruturação da Cage.  

 

Fonte:
Gisele Gonçalves
Assessoria de Comunicação da Cage

Foto: Divulgação/Cage